domingo, dezembro 31, 2006

31-12-06- Finalmente nas ilhas

Então já tinham saudades? Pois também achava que não mas, não gosto de deixar algo a meio, apesar de estar já de regresso a terras lusas este blog continuará a relatar as ultimas aventuras até esse tão triste dia de regressar.

Após aquele ultimo amanhecer de postal, o barco percorre as calmas águas do golfo da Tailândia, pelo caminho muitos barcos na faina e inúmeras bóias a marcar redes e covos, pôs-me logo a pensar na riqueza deste ecossistema.

Primeira paragem uma pequena ilha chamada Ko Tau, o ultimo grito no que diz respeito a ilhas paradisíacas e virgens na Tailândia. Verde luxuriante, aguas cristalinas, praias brancas e o único toque humano resume-se as pequenas cabanas tanto à beira mar como engolidas no verde que envolve a ilha. O turismo aqui é bem-vindo mas não todo, lembro-me de uns dias mais tarde saber que regra geral só aceitam mergulhadores (certificados) na ilha pois a procura enquanto destino de mergulho é francamente superior a oferta hoteleira existente. Um outro pormenor com inteligência, não é permitido aos turistas que desembarquem nem com garrafas nem sacos de plástico na ilha. Plastic OUT!!!

Ko Pha Nhag apesar de partilhar a mesma riqueza ambiental de Ko Tau tanto sobre como sob a água (onde reconheço pequenos sargos a nadar entre as hélices do barco já parado enquanto aguardo pela minha mochila), tem outro desenvolvimento e a presença humana é incomparavelmente maior, não que lhe retire algum mérito de ilha paradisíaca.

Tenho de agradecer às minhas “marias” que escolheram e marcaram o hotel pois era de facto óptimo apesar de não estar em cima da praia, mas estava quase em cima da festa que era afinal o meu motivo “secreto” de vir até tão longe.

A expressão beber um balde de vodka ganha outra dimensão em Ko Pha Nhag, como a imagem ilustra o conceito de servir bebidas dentro de baldes de brincar na areia torna o acto mais em comunhão com a envolvente (maneira poética para desculpar a vontade de beber um balde de vodka mesmo!). Eu e o Mcgregor não queríamos perder esta oportunidade de passar uma boa tarde a beira-mar e o sol ainda alto encomendamos o primeiro.

(no coment)














A estoria continua por volta das 22 após muitos “castelos de areia” e um sono rejuvenescedor à beira da piscina do hotel, o entretanto não vale a pena ser contado mas é facilmente imaginado.

Apesar da lua só estar cheia e a grande festa ser só passados dois dias até lá já há festas pré lua cheia. Por falar nestas de inventar desculpas para festas, esta é a Ibiza do Oriente, uma ilha onde os party goers têm paragem obrigatória e que começou como sendo um destino para uma festa mensal hoje em dia já se transformou numa festa constante ao longo de todo o mês. Antes era uma festa na noite de lua cheia, agora alem das pré e pós lua cheia tem também a festa da “black moon” (lua nova) e da half moon, se fizermos as contas que mais ou menos de 9 em 9 dias há uma grande festa e que nos antes e depois podemos contar com mais 4 dias cada façam as contas de quantos dias não há festas nesta ilha.

Eu obviamente não queria mas lá fui para a praia onde tinha passado a tarde e fiquei pasmado com a transformação que tinha ocorrido, da praia paradisíaca à mega pista de dança com cada bar a debitar os seus decibéis de toda o espectro dos gostos musicais, desde o comercial pop ao bem alternativo trance. Ahhh e atenção quem são os convidados de honra? Sim, aqui não há copos, isso e coisa de meninos aqui bebe-se de balde!

Ao longo da praia vários artistas proponham-se a registar, nos corpos dos presentes, com cores fluorescentes, praticamente qual coisa. Inspirado pelos baldes e no seguimento de uma conversa de que o “tuga domina o mundo” tatuei no meu braço uma bandeira portuguesa na esperança de que aparecesse alguém. Penso que não demorou um quarto de hora e puff claro que o tuga domina mesmo o mundo cá estão eles. Conheci um que me disse que estava com outros amigos qual meu espanto quando vejo e reconheço o João, um Português que vive em Shaghai e que eu conheci em tempos em Hong Kong (e por acaso amigo da minha amiga Pipa). Já nem volto a dizer que o mundo é pequeno porque as experiências que tenho tido nos últimos meses falam por si próprias.

Noite rija! Não, não estão a perceber noite RIJA! Dia seguinte boa ideia do Richard e decidimos alugar umas motas neste pais onde a carta de condução é são três notas de cem Bah e capacete nem vê-lo. As motas, 125cc com força suficiente para trepar as ocasionais subidas íngremes que deparávamo-nos nesta estrada recheada de buracos, areia e o ocasional coco. Nada melhor que aquele vento na cara para curar o noite passada e devo dizer que foi um belo dia passado a percorrer a ilha toda de ponta a ponta passando por todos os lugares de interesse (?? ) Ficam as imagens de beleza natural guardadas na memoria ao lado da vontade de regressar um dia.

A noite chega e com ela uma notícia que tinha tanto de triste como de agradável dado as sequelas da noite passada, por ser o aniversário do Rei nessa noite não ia haver festa em sinal de respeito. Perfeitamente compreensível dado o amor que existe em relação a realeza Tailandesa, já é bom o suficiente que tolerem estes malucos que vem de todo o lado do mundo para as suas praias curtir até de madrugada ao som de musicas malucas mas faze-lo no dia de anos do rei e estica!

Bem não há festa significa apenas que não há musica mas as pessoas e os baldes continuam lá sentados em pequenos grupos conversado e rindo (provavelmente das estorias da noite anterior eheh).

Nós decidimos optar por outro programa, Tai Boxing! Já tínhamos tentado em Bangkok assistir a um combate desta arte marcial no entanto o ridículo e absurdo facto de um bilhete custar 30Bah para um Tailandês e 2000Bah para um estrangeiro demoveu-nos dessa ideia. Aqui não há xenofobias dessas e fomos ver as lutas. Não sou adepto de violência, nem de combates nem nada que se pareça mas foi mais uma nova experiência na vida. Mais uma vez, como tantas outras na vida, tive sorte e no meu primeiro combate ao vivo fico sentado na primeira fila (no extra charge).

Epá porrada à seria, fiquei impressionado com isto, aqui não há combates combinados nem faz de contas é a doer e o som das pancadas no adversário quase que nos doem a nós espectadores. Os lutadores todos com menos de 60kg mas capazes de partir em 3 qualquer um de vocês que esta a ler isto (sim mm vocês que se acham um herói). Três Knock Out’s seguidos! Mas ninguém pense que foi daqueles a fingir, ninguém finge sangue! Bem deu para perceber que estes espectáculos não são “a minha chávena de chá” mas ainda bem que fui uma vez na vida ver um combate de Tai Boxing.

Acabo a noite a rabiscar alguns momentos “um quarto para a uma da manha estou sentado no hotel a beira da piscina no restaurante que está aberto pronto a saciar a fome de quem quiser. Mão-de-obra barata e o facto de ser a festa da lua cheia permite que este pequeno hotel tenha este serviço de cinco estrelas (…) enquanto escrevo chega a anunciada tempestade e com ela veio a chuva tropical e oiço o vento a caminho....”

quinta-feira, dezembro 21, 2006

21-12-06 Até já Bangkok



Domingo dia de resolver as coisas pois se queremos partir rumo a sul para chegarmos a tempo as ilhas, a tempo perguntam-me vocês? Não as ilhas não se estão a afundar simplesmente a cada lua cheia desde 1989 (ninguém sabe bem como começou mas consta que começou como a festa de anos de alguém que calhou numa noite de lua cheia) na ilha de Ko Pha Nhag, no golfo da Tailândia é feito um festão naquela praia paradisíaca. Obviamente que eu não poderia voltar para o ocidente sem ter ido a uma festa destas seria imperdoável, e diga-se que desde que cá cheguei que andava a planear esta ida à full moon party! Aguente-se os cavalinhos que até à festa ainda há muito a percorrer



Domingo passado a tentar arranjar transporte para a ilha, não esta muito fácil o comboio e só temos lugares disponíveis se partirmos de seguida, perder uma tarde na cidade… naaa autocarro com ele.


A tarde passada a deambular pela cidade novamente, tanto a pé como de Tuc Tuc e até no moderníssimo Sky Train a versão aérea (suspensa quero dizer, não é assim ao moderno) do metro de Bangkok. Bangkok é uma cidade engraçada, com muita coisa moderna e com bom aspecto e vê-se que a economia prosperou nos últimos anos e que pelo menos alguns têm muito dinheiro para gastar. Em conversa com Portugal houve que ficasse m pouco espantado com esta descrição de Bangkok, apenas relembro que antes da China se estabelecer como a fabrica do mundo a Tailândia era (e continua a ser segundo me parece) uma fabriqueta. Conheci alguns locais, conversa de noite nada de especial, e achei engraçado que em mais que uma ocasião trabalhavam ou eram donos de empresas de exportação “you want it? We export it!”. Existe também uma grande presença aqui de empresas e empresários japoneses a fazer negócio o que ajuda a cosmopolizar a cidade

Enquanto as meninas foram para o Grand Palace nos fomos dar um passeio de barco pelos canais da cidade, estes canais limpíssimos! Só num país onde a mão-de-obra é tão barata é que quatro putos alugariam um barco com dois tripulantes só para eles por um punhado de euros cada (claro que após meia hora a regatear, tudo tem de ser regateado na Ásia, eu já me habituei a questão e ate confesso que acho alguma piada a coisa porque exige alguma sensibilidade, mas por vezes tenho momentos de lucidez e faço os câmbios e vejo que estou há 10 min a “discutir” por 0,50€ mas faz parte da cultura Ásiatica). É verdade sim a vida no oriente é bem boa, passeado no rio, com o vento fresco (pq estava muito calor!!) e uma lata de Singha (um refresco local eheheh) na mão.




Os canais a volta da cidade tem piada apesar de serem nojentos e revelarem a extrema pobreza que grande parte da população vive, no entanto no meio desta pobreza toda as pessoas estão sempre prontas a esboçar um sorriso e a atirar um hello enquanto o barco mexe as aguas escuras que lhes banham as casa simples. Se tiver de ser pobre, mude-se para a Ásia que ao menos é feliz! Sempre ouvi falar na feliz comunhão brasileira entre a felicidade de um povo apesar da sua pobreza, é verdade que o Brasil é assim também mas aqui há uma enorme, enorme, enorme vantagem que não existe no Brasil, a questão da segurança! Não existe insegurança na Ásia, não há violência nos (quase inexistentes) assaltos, nunca senti o mínimo de desconforto em todas estas viagens neste lado do mundo. Esta será uma análise para o post de encerramento deste blog (sim esta cada vez mais perto, mandem cartas, mails e cheques ou mesmo CASH :)para manter o blog a funcionar e principalmente o André a viajar pela Ásia).










Tempo ainda para atravessarmos um parque repleto de gente no seu passeio de domingo (repare-se na fotografia em que vê varias pessoas com a tal t-shirt amarela em honra ao rei) e centenas de papagaios no ar, musica e diversão.







E não esquecer o que eu apelidei de “the freak shop”. Ora vejamos este snack bar móvel que tem de todo o tipo de iguarias para os mais esfomeados. Sai um gafanhoto, uma larva ou hoje o que apetece mesmo é um escaravelho



E para o pacote ser completo a personagem que vendia estas tão deliciosas iguarias era o mais feio transexual de Bangkok! Um verdadeiro numero de circo. Há situações que só visto mesmo, Bangkok é uma dessas cidades, tem tanto de normal como de “sobrenatural!”.



Uma nota para uma boa ideia que já tinha visto no Vietname, como o transito nestas cidades é caótico e existe pouco respeito pelas regras e como pelos vistos toda a gente tem pressa e pensa é furar aquele sinal vermelho que teima em não ficar verde, os semafros tem todos um cronometro a indicar o tempo que ainda falta para a mudança de sinal (verde para vermelho também)








Autocarro VIP o que a partida nestes países quer dizer que as galinhas não viajam no mesmo compartimento no entanto tenho de reconhecer que era bom com direito a um bolinho e uma agua, até pq uma viagem de 10 horas só até ao terminal de ferry é obra. Chegamos pela madrugada, cansados, moídos tanto da viagem em si como os duros dias, mais noites, que antecederam, a noticia de que o primeiro barco so partia daqui a duas horas e meia não era muito agradável mas foi largamente compensada pela sensação - peço desculpa mas não consigo transpor para estes escritos – de contemplação de tal maravilha que a mãe natureza tinha reservado para mim naquela manha de segunda-feira perdido num ponto qualquer da costa do golfo da Tailândia

terça-feira, dezembro 19, 2006

19-12-06 Bangkok Grand Palace



Sábado dia de cultura após uma noite bem passada na festarola, por volta da hora de almoço seguimos para o Grand Palace, que consiste num grande complexo onde estão situados edifícios oficiais do rei, a sua residência e é claro templos. Esta cidade foi construída quando a capital foi mudada de Ayataya para Bangkok.







Penso que toda a gente ouviu falar no recente golpe de estado na Tailândia, obviamente que todos nos questionamos qual seria a situação e qual seria a posição de um Rei. Bem nas ruas a vida continua normal não se nota nada e em relação ao Rei (que vim a descobrir apoiou o golpe de estado) existe por parte da população uma adoração desmedida mas apesar de um pouco desconfiado da honestidade de tal sentimento ao início tenho de dizer que acho que é genuíno. A cor oficial do rei é amarelo e é comum ver pessoas na rua vestidas com uma t-shirt amarela com o brasão no peito como forma a homenagearem o rei. Um conselho que me foi dado: quando na Tailândia ninguém pense em dizer mal ou sequer uma piadinha sobre o Rei, é considerado uma ofensa grave por parte do povo. A fotografia do dito esta espalhada pela cidade toda desde cruzamentos na rua ate a porta de edifícios.












O caminho até ao palácio foi percorrido não a pé nem de táxi mas sim TucTuc! É um triciclo com uns bancos na parte de trás para transportar passageiros. Uma aventura por si só, e então quando estão 4 num espaço de 3 e que um deles é um americano com mais de 100kg! Ainda para mais se o condutor foi afoito, até cavalinhos o triciclo faz, de chorar a rir! Para rir não é de certeza o grau de poluição desta cidade, sendo que a grande culpa até é do estado pois os maiores poluidores são os velhos autocarros que volta e meia nos deixavam envoltos em “nevoeiro”.

Voltando ao Grand Palace, os milhares de reflexos dourados que a talha nas cúpulas em forma de bico cativam o olhar mesmo antes de entrarmos no interior dos muros. A arquitectura é fascinante e tão característica como impar com todos os pormenores e detalhes presentes em todos os edifícios. Passeamos durante horas no complexo e mesmo antes de sair um edifício engraçado, a parte de baixo podia estar num outro sitio qualquer num outro lado do mundo quem sabe Versalhes, ao passo que a cobertura de certeza que não teria sido ordenada por Luís XIV pois era feita das ditas cúpulas a apontar para o céu em tons dourados.

Continuamos a nossa exploração pela cidade e fomos bater a chinatown que era dos piores pardieiros que vi nos últimos tempos. Dominada por mercados e bancas de comida, o cheiro e o movimento e o barulho tornaram-se de tal forma insuportáveis para estes quatro pobres jovens com um elevado grau de desidratação (do calor claro) associado a uma grande dor de cabeça (do barulho infernal das ruas) e que em nada tem a ver com a noite anterior.

Por falar em noite ora vamos embora que se faz tarde e mais uma noite se adivinha.

Bom dia alegria aiii que conheço esta dor de cabeça….é igual a de ontem

sexta-feira, dezembro 15, 2006

15-12-06 Tailandia

De volta aos relatos destas muitas aventuras que preencheram estes quase findos quatro meses neste continente que prima pela riqueza inerente à diversidade cultural que me tem fascinado cada vez mais.

Mas “it ain’t over until the fat lady sings!” Apesar de já conseguir ver ao longe o avião que me levará de volta ao ocidente ainda tenho muito para contar a começar pelos dez dias passados neste pais fascinante e que quero voltar um dia em breve pois dez dias não chega para absorver quase nada, ainda para mais quando muitos deles passados na festa. O relatado desta viagem não será tão extenso pois teve um carácter mais lúdico do que cultural logo não tão interessante de ser contado mas não menos agradável de ser vivido.

Sexta-feira dia um de Dezembro chego a Bangkok na companhia de amigos da faculdade, dois americanos e um francês, curioso e engraçado é o facto de a bordo do mesmo avião sermos cerca de 12 estudantes da mesma universidade. Como a época de exames é em breve temos direito a uma semana sem aulas com o objectivo de nos prepararmos para os exames, claro que o que acontece é que mais de metade dos estudantes internacionais desapareceram de HK. Uns para as Filipinas, outros para Singapura, outros para o Vietname, outros para Laos, outros para o Cambodja e finalmente outros para a Tailândia. Penso que o grupo inicial de quase 160 estudantes em intercâmbio que estava na CityUniversity ficou reduzido a bem menos de metade, toda a gente aproveitou para conhecer um pouco mais desta zona do mundo.

O aeroporto ultra moderno e com cheiro a novo recebe-nos e dá logo a primeira indicação de que não estamos no Vietname e que Bangkok é uma cidade bem mais evoluída.

Objectivo 1 arranjar um hotel (e que seja aceitável pois no dia seguinte chegam as meninas, a minha grande companheira portuguesa e uma francesa). De novo rumo ao chamado gueto dos viajantes, Ko San road, onde hotéis, pensões e quartos ranhosos existem com fartura em convívio com lojas restaurantes e lavandarias. Logo na recepção somos recordados que este é um país diferente, muitoooooo diferente! Qual o meu espanto quando somos atendidos no check in por um mutante! Os tão falados lady boys da tailândia! Para os mais ingénuos são transexuais, operados, semi operados ou apenas travestis conforme o grau de…de feminilidade. Mas que freak show, uma aberração da natureza, ficamos todos com os olhos arregalados ao vermos tal personagem nos verificar os passaportes e a fazer o registo. She ou será he bem na dúvida nós quando queríamos referir ao tal ser usamos apenas it! Sabíamos que existiam já todos tínhamos ouvido historias da Tailândia mas, pelo menos eu, sempre pensei que estivessem associados à prostituição ou afins mas afinal não, pessoas normais com empregos normais.

Hora da festa! Como somos todos rapazes que não gostam de festa obviamente que toda a gente fez os trabalhos de casa antes de partirmos e sabíamos exactamente onde ir. Tendo em conta o pardieiro onde estávamos hospedados ninguém tinha grandes expectativas em relação à qualidade da discoteca mas… Grande surpresa! De seu nome Santica! Mega complexo com ambientes diferentes desde um sushi bar e uma esplanada na rua, uma grande pista principal com palco ara actuações ao vivo, um mezzanine e finalmente uma outra pista onde a musica (segundo o entendido Mcgregor) é hip hop também mas menos comercial.

Momento de grande alegria, meu deus como esta terra é barata!!!! Claro que foi uma noite à grande e a francesa mas a valores ridículos!

Pequeno-almoço em frente ao hotel com necessidade de uma cerveja não fosse o corpo estranhar! Finalmente alguma cultura o Grand Palace!

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Estou de volta!

Novidades depois de quarta!

sábado, dezembro 09, 2006

Enquanto nao da' tailandia...

Porque as estorias da tailandia precisam de muita escrita e nao tenho tempo para isso pq ainda estou em bangkok (novamente apo's uma aventura ate as ilhas) aqui fica um texto escrito na vespera de partir , sempre fica alguma coisa nova que o vietname.....ja' era....

Tenho de alguma forma partilhar o momento que vivo, estou a espera de doresto da malta para irmos almoçar, estou num dos átrios da faculdade a veros meus e-mails num computador aqui montado, e comecei a ouvir musicaclássica, ainda espreitei pra o andar debaixo mas não vi nada quando olho emfrente esta um trio de alunos a tocar violino e um outro a tocar piano. Sempre ouvi a minha mãe nas suas tarde de musica clássica a me dizer quee algo que vem com a idade, será que já estou a ficar assim tão velho? Averdade e que soube-me tão bem, tão relaxante estar aqui no meio dos meusmails (assuntos da faculdade) nestes últimos dias de aulas tão stressantesque são sempre com noites mal dormidas e dias agarrado ao computador a limarou ainda a esculpir os últimos trabalhos pra aquela entrega que vemos e cadavez mais perto como se a bordo de um comboio de alta velocidade.Voltando a esta música a qual os meus dedos dançam neste teclado, a culturanão e inata e preciso ser ensinada, eu felizmente tive a sorte de sempreouvir musica clássica em casa mas conheço quem nunca ouviu. Parte também tasescolas e faculdades tentar alem dos conhecimentos tecnicos ensinar um poucomais as pessoas mesmo que não gostei nem apreciem ao menos ficam a conhecere podem ter finalmente ter uma opinião sobre o assunto. No meio de tanta tentativa de envagelização há sempre alguém que fica e neste momento esta já um grupo considerável de pessoas paradas a ouvir a musica, claro que a maior parte continua no seu passo apressado sem prestar grande atenção, mas o que quero realçar e que há pessoas paradas a escutar e nem que seja só uma vale a pena tocar.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

1-12-06 Até breve Vietname!

Domingo dia de mais um tour, arrancamos pela manha comigo ainda meio a dormir para não variar muito, o guia de seu nome ocidentalizado “slim jim” (jim magro) era adequado à personagem. Ao contrário do guia do dia anterior este já não era novo. Contou-nos que ensinou inglês durante muitos anos antes de ser guia, no tempo da guerra lutou do lado dos americanos mas “we lost” como dizia. Pelas conversas ao longo do dia foi fácil perceber que continua a ter as suas reservas em relação ao actual regime político.

Bússola a apontar para noroeste rumo a Tay Ninh e aqui vamos nós. Esta província sempre foi uma província de resistência já no tempo da guerra da Indochina. Mas o primeiro motivo desta visita é tudo menos bélico, e de facto religioso. O Cao Dai é uma religião que resulta da “fusão” de cristianismo, budismo e confucionismo. Não vale a pena a lição de historia deixo apenas uns pormenores engraçados como o facto de serem adorados como santos três figuras: Sun Yat-sen, Nguyễn Bỉnh Khiêm e imagine-se lá o escritor francês Victor Hugo. Assisti ao incio das cerimonias e ouvi atentamente a explicação dos patamares no templo que sobre rumo a nirvana e em direcção a um grande globo com um olho desenhado que é o símbolo desta religião. Sempre bom aprender com a diversidade cultural e religiosa, cada um tem o seu “circo” mas a final vária pouco.

Finalmente o momento que esperava que não me estão a ver andar tantas horas de carro para ver uma igreja né? Cu Chi Tunnels. Desde sempre que esta província às portas de Saigon e encostada ao Cambodja é conhecida pela sua resistência ao poder com o objectivo de ser independente (principalmente pela sua religião). Em 1948 começaram a ser construídos túneis pela guerrilha que lutava contra a ocupação francesa, estes túneis serviam como esconderijo tanto de pessoas como de mantimentos e armamento. Serviam também para lançar ataques surpresa contra as forças invasoras. As mentes brilhantes americanas desconhecendo este facto instalaram a sua principal base quase em cima desta rede de túneis que foi entretanto ampliada.

Os túneis originais tinham apenas 40cm por 60cm e era necessário rastejar no entanto, foram alargados de forma que os turistas possam percorrer uma amostra do que eram.

Logo à chegada fomos relembrados pelo guia para ter atenção ao troco e para não comprarmos nada na loja “isto é do exército não dêem dinheiro a esses gajos!”

Antes de vermos os túneis propriamente ditos somos obrigados a ver um vídeo a contar claramente a versão Vietcong (que significa vietnamitas comunistas) dos acontecimentos naquele lugar, a propaganda era óbvia!

Primeira paragem a entrada secreta do sistema de túneis onde vem aqui o guerrilheiro André a entrar, vá lá que estou mais magrinho que há uns meses atrás não entrava ali nem com uma calçadeira.

Depois uma colecção de armadilhas para os americanos, algo impressionante visto que não tinham o objectivo de matar mas apenas mutilar e arrasar com o moral do inimigo. Espinho nos piores sítios possíveis….isso mesmo, é só um exemplo.

Ainda antes dos túneis algo que revela o espírito comercial que este país apesar de comunista tem, aqui tudo é possível, vale tudo e tudo é permitido (excepto dançar salsa e lambada) desde que se pague o preço pedido. Nunca tive grande fascínio por armas, sem contar com as submarinas, no entanto pensei que não podia perder tal oportunidade pq não acontece nenhuma outra parte do mundo que eu conheça (excepto o Cambodja onde ainda mais é permitido a troco dos tão precisos dollars). Nunca me passou pela cabeça algum dia disparar uma M60 ou uma AK-47 mas já que era possível claro que tinha de experimentar! O barulho apesar de estar a usar protecções é ensurdecedor mas a sensação de que estamos perante uma arma verdadeiramente poderosa e mortal não engana. A AK-47 é bem mais mansinha mas ao menos já disparei uma AK-47!

Finalmente os túneis. Como é que alguém conseguia mover-se aqui dentro? Quando mais viver! Escuro o ar que se sente que já foi respirado umas dezenas de vezes e um calor que poucas vezes na vida tinha em tão pouco tempo encharcado uma t-shirt!

A pedido do Gois aqui fica um pouco a minha opinião sobre a visão do Vietname em relação aos americanos. Bem resumindo existem nitidamente três opiniões bem distintas, a nova geração que como qualquer geração pós guerra não sente as coisas da mesma maneira e é assim que as feridas saram. Na geração mais velha existem os pró americanos como era o caso do meu guia e os anti americanos, que foi o caso do guia do meu amigo. Só há um e só um denominador comum a estas três facções $$$$$$$$$$$$$$$$ Dollars meu caro! Falam mais alto do qualquer ódio antigo! Desde que tenham Dollars até os americanos são bem recebidos. A verdade é que há muitos a viajar pelo Vietname e não conheci um que tivesse tido qualquer problema mas…em todos as exposições que falam sobre a guerra existe nitidamente uma propaganda anti-americana com grande destaque para as barbaridades que os americanos fizeram, que diga-se de passagem foram muitas desde ataques químicos a napalm torturas e massacres de aldeias inteiras.

A motas são motas de carga no Vietname, uma família inteira, o cão, o gato, as compras, vegetais, laranjas, caixas de esferovite, grades de cerveja, lulas, bidons de gasolina, caixotes, lixo, sacas de arroz, mochilas de campismo, uma enormidade de couves, uma palmeira, mesas, cadeiras, um colchão, jornais, um para brisas de um carro, bilhas de gás, barris de cerveja, um aparelho de ar condicionado, copias de lonely planets’, o motor de outra mota, peneus, peixe, carne, ovos, um frigorifico, quadros, um porco e uma viola tudo em cima da mesma mota!!!

Este post acaba as estorias do Vietname apesar de muito mais haver para contar e partilhar mas é impossível por falta de talento mas também de tempo. São quase 4 da manha acabei um trabalho para entregar amanha mas achei que devia terminar este capítulo. Curioso é o facto de coincidir com o post numero 50 (penso que já não vou ter tempo para chegar até ao 100 mas…). Amanha embarco em mais uma aventura nestas terras sempre magicas onde tanta coisa é diferente! O encantado antigo Reino do Sião aguarda-me! Tailândia aqui vou eu!