domingo, dezembro 31, 2006

31-12-06- Finalmente nas ilhas

Então já tinham saudades? Pois também achava que não mas, não gosto de deixar algo a meio, apesar de estar já de regresso a terras lusas este blog continuará a relatar as ultimas aventuras até esse tão triste dia de regressar.

Após aquele ultimo amanhecer de postal, o barco percorre as calmas águas do golfo da Tailândia, pelo caminho muitos barcos na faina e inúmeras bóias a marcar redes e covos, pôs-me logo a pensar na riqueza deste ecossistema.

Primeira paragem uma pequena ilha chamada Ko Tau, o ultimo grito no que diz respeito a ilhas paradisíacas e virgens na Tailândia. Verde luxuriante, aguas cristalinas, praias brancas e o único toque humano resume-se as pequenas cabanas tanto à beira mar como engolidas no verde que envolve a ilha. O turismo aqui é bem-vindo mas não todo, lembro-me de uns dias mais tarde saber que regra geral só aceitam mergulhadores (certificados) na ilha pois a procura enquanto destino de mergulho é francamente superior a oferta hoteleira existente. Um outro pormenor com inteligência, não é permitido aos turistas que desembarquem nem com garrafas nem sacos de plástico na ilha. Plastic OUT!!!

Ko Pha Nhag apesar de partilhar a mesma riqueza ambiental de Ko Tau tanto sobre como sob a água (onde reconheço pequenos sargos a nadar entre as hélices do barco já parado enquanto aguardo pela minha mochila), tem outro desenvolvimento e a presença humana é incomparavelmente maior, não que lhe retire algum mérito de ilha paradisíaca.

Tenho de agradecer às minhas “marias” que escolheram e marcaram o hotel pois era de facto óptimo apesar de não estar em cima da praia, mas estava quase em cima da festa que era afinal o meu motivo “secreto” de vir até tão longe.

A expressão beber um balde de vodka ganha outra dimensão em Ko Pha Nhag, como a imagem ilustra o conceito de servir bebidas dentro de baldes de brincar na areia torna o acto mais em comunhão com a envolvente (maneira poética para desculpar a vontade de beber um balde de vodka mesmo!). Eu e o Mcgregor não queríamos perder esta oportunidade de passar uma boa tarde a beira-mar e o sol ainda alto encomendamos o primeiro.

(no coment)














A estoria continua por volta das 22 após muitos “castelos de areia” e um sono rejuvenescedor à beira da piscina do hotel, o entretanto não vale a pena ser contado mas é facilmente imaginado.

Apesar da lua só estar cheia e a grande festa ser só passados dois dias até lá já há festas pré lua cheia. Por falar nestas de inventar desculpas para festas, esta é a Ibiza do Oriente, uma ilha onde os party goers têm paragem obrigatória e que começou como sendo um destino para uma festa mensal hoje em dia já se transformou numa festa constante ao longo de todo o mês. Antes era uma festa na noite de lua cheia, agora alem das pré e pós lua cheia tem também a festa da “black moon” (lua nova) e da half moon, se fizermos as contas que mais ou menos de 9 em 9 dias há uma grande festa e que nos antes e depois podemos contar com mais 4 dias cada façam as contas de quantos dias não há festas nesta ilha.

Eu obviamente não queria mas lá fui para a praia onde tinha passado a tarde e fiquei pasmado com a transformação que tinha ocorrido, da praia paradisíaca à mega pista de dança com cada bar a debitar os seus decibéis de toda o espectro dos gostos musicais, desde o comercial pop ao bem alternativo trance. Ahhh e atenção quem são os convidados de honra? Sim, aqui não há copos, isso e coisa de meninos aqui bebe-se de balde!

Ao longo da praia vários artistas proponham-se a registar, nos corpos dos presentes, com cores fluorescentes, praticamente qual coisa. Inspirado pelos baldes e no seguimento de uma conversa de que o “tuga domina o mundo” tatuei no meu braço uma bandeira portuguesa na esperança de que aparecesse alguém. Penso que não demorou um quarto de hora e puff claro que o tuga domina mesmo o mundo cá estão eles. Conheci um que me disse que estava com outros amigos qual meu espanto quando vejo e reconheço o João, um Português que vive em Shaghai e que eu conheci em tempos em Hong Kong (e por acaso amigo da minha amiga Pipa). Já nem volto a dizer que o mundo é pequeno porque as experiências que tenho tido nos últimos meses falam por si próprias.

Noite rija! Não, não estão a perceber noite RIJA! Dia seguinte boa ideia do Richard e decidimos alugar umas motas neste pais onde a carta de condução é são três notas de cem Bah e capacete nem vê-lo. As motas, 125cc com força suficiente para trepar as ocasionais subidas íngremes que deparávamo-nos nesta estrada recheada de buracos, areia e o ocasional coco. Nada melhor que aquele vento na cara para curar o noite passada e devo dizer que foi um belo dia passado a percorrer a ilha toda de ponta a ponta passando por todos os lugares de interesse (?? ) Ficam as imagens de beleza natural guardadas na memoria ao lado da vontade de regressar um dia.

A noite chega e com ela uma notícia que tinha tanto de triste como de agradável dado as sequelas da noite passada, por ser o aniversário do Rei nessa noite não ia haver festa em sinal de respeito. Perfeitamente compreensível dado o amor que existe em relação a realeza Tailandesa, já é bom o suficiente que tolerem estes malucos que vem de todo o lado do mundo para as suas praias curtir até de madrugada ao som de musicas malucas mas faze-lo no dia de anos do rei e estica!

Bem não há festa significa apenas que não há musica mas as pessoas e os baldes continuam lá sentados em pequenos grupos conversado e rindo (provavelmente das estorias da noite anterior eheh).

Nós decidimos optar por outro programa, Tai Boxing! Já tínhamos tentado em Bangkok assistir a um combate desta arte marcial no entanto o ridículo e absurdo facto de um bilhete custar 30Bah para um Tailandês e 2000Bah para um estrangeiro demoveu-nos dessa ideia. Aqui não há xenofobias dessas e fomos ver as lutas. Não sou adepto de violência, nem de combates nem nada que se pareça mas foi mais uma nova experiência na vida. Mais uma vez, como tantas outras na vida, tive sorte e no meu primeiro combate ao vivo fico sentado na primeira fila (no extra charge).

Epá porrada à seria, fiquei impressionado com isto, aqui não há combates combinados nem faz de contas é a doer e o som das pancadas no adversário quase que nos doem a nós espectadores. Os lutadores todos com menos de 60kg mas capazes de partir em 3 qualquer um de vocês que esta a ler isto (sim mm vocês que se acham um herói). Três Knock Out’s seguidos! Mas ninguém pense que foi daqueles a fingir, ninguém finge sangue! Bem deu para perceber que estes espectáculos não são “a minha chávena de chá” mas ainda bem que fui uma vez na vida ver um combate de Tai Boxing.

Acabo a noite a rabiscar alguns momentos “um quarto para a uma da manha estou sentado no hotel a beira da piscina no restaurante que está aberto pronto a saciar a fome de quem quiser. Mão-de-obra barata e o facto de ser a festa da lua cheia permite que este pequeno hotel tenha este serviço de cinco estrelas (…) enquanto escrevo chega a anunciada tempestade e com ela veio a chuva tropical e oiço o vento a caminho....”

1 comentário:

André disse...

bem parece que os comentarios foram de ferias...fica o meu
tem faltado tempo para concluir o blog...brevemente!